(imagem Google)
Um Poeta Que Não Bota No Papel Conheci um ser egoísta e cruel, mente efervescente, lábios de fel, um poeta que não bota no papel; Não botar no papel é a forma mais cruel do sadismo, não compartilhar as dores de todos nós,nossos anseios e sonhos mais pueris; Não sabe ele que o poeta escracha as dores de todos nós, expoe a chaga do que não foi cicatrizado com pus, o poeta é um ser acessível, ele não aprendeu comigo; Conheci um ser egoísta e cruel, um poeta que não bota no papel, mesmo diante dos mais variados estímulos, ele se mantêm impassivo; Mesmo jogando em sua face o obstáculo que há de um dia nos separar e rarificar os meus desejos de encontros vãos, ainda assim, ele teima em não botar no papel; Conheci um poeta que não bota no papel, porém,ele permanece feliz sendo desta sadoquisma forma ele mesmo; É um poeta que não bota no papel, mas, o admiro intensamente, mesmo anonimamente ele não deixa de ser ele mesmo,quiçá poeta. P.S: Essa é uma homenagem ao meu eterno amigo Fabão, se não fosse ele eu jamais perceberia que mesmo sem botar num papel e se auto denominar poeta,podemos ser diuturnamente nós mesmos, sem deixar de ser diuturnamente poetas. O Poeta do Deserto
Enviado por O Poeta do Deserto em 10/04/2010
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