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O Poeta Sentado No Banco Da Praça O poeta sentado no banco da praça,não se incomoda com a tóxica fumaça que acinzenta sua velha carcaça; O poeta sentado no banco da praça observa perplexo a correria que mata, a entupir qualquer artéria de nossos peitos antes sãos; O poeta sentado no banco da praça observa as aves que passam,disputando com os pedintes migalhas,migalhas de pão temperadas com atenção; O poeta sentado no banco da praça, olha as moças puras ou devassas, misto de ingenuidade com baixo calão; O poeta sentado no banco da praça, não se comove com a hora que passa, no balbucio coeso e de pressa escassa de sua mais singular inspiração; O poeta sentado no banco da praça,simbologia mais fiel da abstração, não sabe ele que o poeta que passa,tece em versos sua contemplação; O poeta sentado no banco da praça, contemplamento da sua contemplação,mesmo com a feia fumaça que embaça e a pressa que antecipa nossa putrefação. O Poeta do Deserto
Enviado por O Poeta do Deserto em 17/04/2010
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