(imagem Google)
Zé Povinho Não Queria Muito Zé Povinho quer nutrientes,mas,apenas tem o insuficiente que pouco nutre; Zé Povinho tem ambição, mas, apenas tem o pretexto da conformação; Zé Povinho quer saúde, mas, só se depara com as mazelas do seu corpo pouco são; Zé Povinho tem esperança, para tão apenas barganhar com a diuturna desilusão; Zé Povinho quer fé, mas, só vislumbra pecaminosos desacertos vãos; Zé Povinho tem filhos, que se aglomeram assoberbando sua aflição; Zé Povinho quer lazer, mas, só se distrai com o circo e pão que na fartura dão; Zé Povinho tem desejos, mas, que se aniquilam com as poucas chances do mais acre chão; Zé Povinho quer conforto, mas é inquilino da mais que incômoda marginalização; Zé Povinho tem revoltas, que o Estado as trata nos divãs da terapêutica opressão; Zé Povinho quer ser gente, mas, morreu com um tiro, elixir contra insubordinação; Zé Povinho não queria muito, e quase nada tinha, não teve direito de ser cidadão, jaz agora na vala da indiferença que já o acompanhava apelidada de nãos. O Poeta do Deserto
Enviado por O Poeta do Deserto em 02/10/2010
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