(Foto Hudecttek)
Soneto Do Viver Colcha de retalhos que aqui ali insiste em nos perseguir, momentos intensos, fervorosos ou ensaiados, instantes mesclados com o verbo sentir; Pisar no chão talhado com as incertezas a nos inquirir, gostares maior legado, saudades do que ficou entranhado, amores nos devolvendo um sorrir; Desafetos caminho suado, amizades o maior elixir, recordar um beijo roubado, e o pueril sonhar do advir, aprender com os atos errôneos que não cansam de nos instruir; Sofrimento substantivo adestrado não avisa quando irá partir, felicidades despistam qualquer fardo, e se partem nos remetem ao rangir, esperança pretexto inventado para o fim de renovar árduo agir; O alvorecer com a melodia dos pássaros, cheiro de terra enamorada com o chover, botões de rosa com seus pequenos talos, maresia é o transpirar dos mares, urge tão só o respirar para crer; Andorinhas flâmulas sem lares, ventos assobiando nos vales, rios com pressa com o avante correr, cheiro de café nos lares, ao longe um gargalhar nos bares, e as formigas carregando o nutrir sem ares de quaisquer vis incômodos, sem o gemer; O poeta provocando os inspirares, divaga acerca de simplesmente se ser, e as letras acompanhando seus pulsares, em conluio resolvem a vida cozer. O Poeta do Deserto
Enviado por O Poeta do Deserto em 01/11/2010
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