Vou-me embora
Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou inimigo do rei Lá tenho a ideologia que quero Nos sonhos que idealizei Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu quis ser feliz Lá a existência será ternura De tal modo onipresente Que os cactos com espinhos Me remetam o que é ser valente Da vida que nunca tive Poeta estimulador de mentes E como viverei a vida Vivendo o que se sente Sem o euforismo Do capitalismo inerte presente Tomarei banhos de gente E quando estiver cansado Deito na beira do açude Eterno combatente Pra me contar as histórias Do tempo que eu era menino Os ventos que vinham áridos me contar Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem gente que implora chuva É outra concepção, lá a vida é mais vida Sem tanta alienação,tem cheiro da chuva e do mato Umbus que dão em cachos ,algarobas que pedem perdão Tem gosto de melaço pra gente se lambuzar E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar Lá sou inimigo do Frei Terei a vida que quero Na vida que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada. Analogia ao memorável poema de Manuel Bandeira! O Poeta do Deserto
Enviado por O Poeta do Deserto em 06/04/2013
Alterado em 07/04/2013 Copyright © 2013. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Áudios Relacionados:
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