Eu Nada Seria
Ainda que eu descrevesse em rimas certas, com as métricas mais esmeradas e sinceras, sem o ardor que vez em quando invade a alma, sem te fazer crer no mais pleno dia, decerto mesmo assim eu nada seria;
E ainda que eu adentrasse no íntimo de tua doce e singela alma, mesmo sem encontrar as palavras mais que sinceras perfilhadas em papel e tinta, se eu não despertasse teu sorrir seria tal qual o ouro que não cintila, o sol que não anuncia o alvorecer de mais um novo dia, a prata que corrói, o aço que se destrói, eu nada seria; Ainda que eu entendesse de profecias, de práticas milenares ou fizesse alquimia, se tuas lágrimas insistentes não cessassem, se eu não despertasse em ti o acreditar no futuro com alegria, dessa forma eu nada seria; E ainda que eu compusesse a mais bela melodia, as mais sinceras estrofes, e escrevesse poesia, sem o brilho em teus olhos a acreditar que tudo se renova, e que a esperança permitirá o silêncio das insanas agonias, eu insistentemente nada seria; Ainda que as palavras soassem a mais intensa alegria, mesmo que em teu peito eu fizesse minha mais que certa moradia, até se os anjos falassem, sem despertar em nós o amor nada permaneceria; O amor é luz que inebria os cansados dias, a fé lâmina sincera a espreita de melhores sinas, o amor é, o amor se refaz, sentimento nobre e audaz, sem ele de nada valeria as palavras mais coesas,sem ele eu nada seria,e nem tampouco você. Dedico esta poesia a um ser de outras galáxias que é só doçura e candura,minha querida Dayane! O Poeta do Deserto
Enviado por O Poeta do Deserto em 06/05/2017
Alterado em 04/06/2017 Copyright © 2017. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Áudios Relacionados:
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